quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Superficiais (Parte II)

Ainda não sei se estamos a criar uma geração de pessoas fortes ou fracas, isto porque é tudo relativo, em parte são fracas no sentido de sobrevivência, em parte são fortes pela ausência de sentimentos, apesar de, hoje em dia existir um movimento para a visibilidade individual onde tudo é medido e contado em forma de “likes”, não entendo, faço o mesmo, sou hipócrita.
Serei verdadeiro, sou do tempo que os únicos brinquedos que tinha eram à base de outras crianças como eu, usávamo-nos uns aos outros para divertimento individual e colectivo, brincar sozinho era só por si chato e aborrecido.
Quando a minha mãe colocava o meu irmão de castigo ou eu, quem tivesse ordem de ir à rua passava o tempo todo dentro e fora de casa, até que a minha mãe retirava o outro do castigo, verdade seja dita, ir para a rua sozinho não tinha qualquer piada.
Isto do futuro é uma grande incerteza, sei é que cada vez mais somos superficiais e que educamos os nossos filhos dentro de uma bolha sem nos apercebermos do mal que lhes podemos estar a fazer. Poderia alongar isto muito mais e perder-me, como já o fiz, no pensamento, poderia dizer mais coisas com ou sem sentido, alinhado com uma pontada de ironia e outra de pura hipocrisia, mas concluo dizendo que quero fazer diferente com o meu filho.
Espero não morder a língua mais tarde.

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