quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Da morte ao destino

As minhas palavras repetiam-se a cada linha do tempo, era previsível dizer que vais cair, que te vais levantar, voltarás a cair, que esta será a tua rotina daqui para a frente, até que por fim irás aceitar o teu destino e deixar de andar com a cabeça das nuvens.
Detesto perguntas futuras, detesto ainda mais a incerteza da vida, ou a certeza com que queres viver, como que se essa certeza fosse mudar alguma coisa, como se essa certeza fosse realmente uma verdade absoluta e que nada a pudesse mudar. Está mais que provado que o que é hoje verdade amanhã poderá ser mentira, uma ilusão vista por olhos de quem não consegue ver mais, neste caso nós, o destino não funciona assim, funcionando.
Apesar de escrever livremente e dizer o que penso no momento sei bem que amanhã posso achar um completo absurdo o que disse, isto porque a vida me mostrou mais um lado, ou simplesmente tenho mais peças deste jogo que só termina quando me sentir satisfeito, a morte é uma ilusão. É isso mesmo, a morte é uma ilusão à satisfação ou concretização da nossa vida, ainda podemos permanecer vivos durante anos ligados às máquinas sem que possamos fazer o que quer que seja, totalmente dependentes dos demais.
A vida termina quando não podes dar mais de ti, quando as tuas capacidades físicas ou cognitivas não te permitem concretizar o que ainda ambicionas, obviamente, deves descobrir novas coisas, adaptar-te a essa vida mas a meu ver quando chegas nesse ponto já deves estar satisfeito com a vida que tiveste até aqui. Assim penso, quero chegar a uma certa idade, não interessa qual, e sentir-me satisfeito com a vida que tenho, sentir que realizei o que queria, que fiz o que queria e dedicar o resto do meu tempo a procurar novas formas de preencher este tempo que partilho com vocês.

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