domingo, 17 de fevereiro de 2019

Acasos

Talvez, talvez se desse o acaso de o mundo nos juntar, qualquer reacção o poderia fazer, talvez o destino assim não queira, que infortúnio o meu, em que o laço se torna nó, tão cego, tão seco que a garganta se expressa numa rouquidão que não é audível.
Bem, falando de coisas melhores, quanto tempo levaria a cair na realidade? Em que, por toda a parte se parte e perde um bocado de mim, e tu? Que nesse teu olhar dourado vejo dor, aonde te dói nenhum médico pode alcançar. Quantos sabores provaste? Quantos dissabores tiveste? Não precisas de o dizer, ainda sonhas e sentes como gente, isso é bom.
Tantas conversas tive com Ele, em algumas deu-me razão, teve que o fazer, coloquei a minha mortalidade Nele e Ele viu, sem existir, o medo de não viver e o medo de morrer sem o fazer, e tu? Quantas castas serão precisas para te tocar na alma? Quantas camadas de não sei o quê te colocaram?
Eu sei, o mundo não nos é gentil, duro e seco, sorri, voa.

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